segunda-feira, 7 de abril de 2008

História do segundo piquenique poético

Pela primeira vez escrever este post com a chuva a bater nas janelas dá-me um certo prazer. Sim, porque ao contrário do previsto, a chuva não veio ontem e pudemos fazer o piquenique poético debaixo de um sol luminoso.
A convocatória foi cedo demais e às 15h30 estavamos só eu, a Lisa e a Virgínia. A partir das 16h o grupo começou a aumentar com a chegada do Pedro e da Deidri, do Élio e da Sílvia, do Eduardo. Já estávamos um grupo razoável e depois de alguns comes e bebes inteligentemente deixados na sombra de uma árvore, estendemos as mantas ao sol e demos início à partilha de textos e poemas. Daniel Pennac, Boris Vian, Jacques Brell, Ruy Belo, Mia Couto, Joaquim Castro Caldas, Rainer Maria Rilke, Shakespeare, poesia de expressão oral da tribo mais antiga da África do Sul (não me lembro do nome da tribo), Jacques Prévert , Luis Machado, entre outros. Apanhava-se sol, conversava-se entre poemas, davam-se algumas explicações sobre autores, liam-se em versão original e respectiva tradução. Foi neste ambiente e já muito para o final da tarde que chegaram o meu irmão, a minha mãe e algum do pessoal dos Pé na Terra - o Ricardo, a Patrícia, a Silvana e o Antony. Mal chegaram, os seis foram sentar-se à volta dos comes e bebes, agarrados aos instrumentos que acabaram por não sair dos sacos (excepção para um instrumento de percussão do Antony e o Ricardo que no fim ainda montou a flauta) a conversarem e a comerem aquilo que suponho ter sido o pequeno-almoço. A festa da véspera no Teatro da Vilarinha tinha sido dura e os que lá estivemos acabámos por fazer do piquenique o “mata-bicho”.
Terminámos a tarde à volta dos comes em amena cavaqueira já a pensar no próximo domingo de sol.
Cheguei a casa às 20h30 e vim a correr ouvir o que restava do programa de rádio do Vieira.

1 comentário:

Mary disse...

Shakespeare no parque ao sol...
"My mistress' eyes are nothing like the sun" metade Sting e W.S. depois desta frase nunca mais o larguei...