quarta-feira, 30 de abril de 2008

Lembrete 5 / 25 de Abril Sempre 2

1 – Hoje há noite há escrita surrealista e uma novidade qualquer no Pinguim que eu também não faço ideia qual seja. A descobrir...

2 – Amanhã regresso às noites de poesia.

3 – Como amanhã regressa a poesia e ainda sobre o post anterior, aqui fica o poema que o Joaquim Castro Caldas escreveu sobre o 25 de Abril.

“eu tinha 18 anos, de vermelho cravadas as mãos, trepava paredes com ouvidos,
de avesso os bolsos e os olhos de alegria molhados, as botas a roçar no cascalho das guitarras e patas de cavalos, mas inimigos ou irmãos, temos todos 18 anos quando fazemos revoluções

os canhões passeavam-se pelas cidades e pelos campos, disparavam crianças e canções,
bandeiras as mais bordadas colchas de linho à janela das fomes, das febres e dos medos,
velhos de medalhas das guerras por onde passaram sem saber as razões e a contar em copos os tostões

fomos todos soldadinhos de chumbo e marechais de mármore, de liberdade em punho,
estrada abaixo rua acima, de mártires a heróis, da sé catedral ao rio transbordado,
cordão humano de pranto feito cantado, ainda sem partido aos bocados o coração,
o grande coração colectivo de mãos desatado como um rosário de sonhos, a ser corda para o barco às águas puxado pela força de um coro todo ao mesmo tempo marinheiro

mas com os anos e já lá vão 34 fomos vendo, tresmalhadas as gaivotas perderam as mensagens e o voo, os democratas, coitados, falam para o tecto e o boneco, ninguém os ouve no deserto, a cabeça ainda gira em volta do mesmo, o senhor doutor, antiga criança que já nem monta a cavalo, nada trouxe novo ao mundo, foi só o mundo que o deixou velho em testamento ao povo”

terça-feira, 29 de abril de 2008

25 de Abril Sempre!

Dois princípios regeram aquela que foi para mim a melhor comemoração do 25 de Abril da minha vida. Não ter fins políticos nem económicos.
Fartos de festas em bares, discotecas ou concertos camarários, um grupo de pessoas organizou informalmente uma verdadeira festa convívio. Apenas com o boca a boca a funcionar, participaram activamente na festa algumas dezenas de pessoas.
O local não poderia ter sido mais simbólico. A Associação de Moradores de Massarelos, instalada num antigo armazém de bacalhau ocupado pelos populares após o 25 de Abril e que hoje acolhe um infantário e um lar de idosos gerido pela associação.
Os Comvinha Tradicional também ensaiam lá e em tempos foi palco de muitos espectáculos de teatro do Art’imagem que também teve a sua sede naquele espaço durante vários anos. Mas também houve vários concertos entre os quais destaco dois do Zeca Afonso.
Portanto o local foi para mim o ideal. Depois, há que falar na participação activa dos moradores que colaboraram na preparação do extraordinário jantar para os intervenientes coordenado pelo chefe Miguel, na preparação de bifanas, moelas e afins, para que os espectadores não morressem à fome ao longo da noite e na distribuição de cravos por entre a assistência. Até parecia que havia uma grande estrutura organizativa por trás do evento e, na verdade até houve, a estrutura da boa vontade.
A introdução já vai sendo longa e há que passar à festa que começou no exterior com o “Circulo do Fogo” um projecto desenvolvido pelo Julio com alunos da Escola Soares dos Reis. Foram 20 minutos com muita percursão e muito malabarismo com fogo que deixaram crianças e adultos pasmados. Depois, conduzidos pelas percursões do “Circulo do Fogo” os espectadores foram encaminhados para a sala de espectáculos e quando estavam já instalados entrou em off o “Comunicado radiofónico do MFA” a que se seguiu os passos dos militares na areia do “Grândola” e a Cláudia Novais fez a sua primeira aparição, lendo por cima dos passos o “Qual a Côr da Liberdade” do Jorge de Sena. Sempre com os passos de fundo veio o instrumental em gaitas de foles do «Grândola Vila Morena » e o público não resistiu a cantá-la como pôde. Toda a gente estava com os braços no ar segurando os cravos e cantava a plenos pulmões e a letra saía anarquicamente vinda do fundo de cada um. Foi lindo!
Depois subiu ao palco a Virgínia Silva que nos contou a história da criação da Aministia Internacional que teve origem num acontecimento português durante a ditadura e leu dois poemas, um da Natália Correia e outro do Mia Couto. O recente projecto da Sara e do Blandino estreou-se ao vivo. F.I.M (Filhos de um Instrumento Menor) junta música portuguesa tradicional e composições originais tendo como base a voz e a guitarra que funcionam na perfeição. Um projecto a acompanhar activamente no futuro.
Joaquim Castro Caldas esteve ao seu melhor nível e a plateia esteve ao rubro.
Os “Miscaros” mantiveram o entusiasmo criado pelos F.I.M. e pelo Joaquim, com as suas gaitas e percursões.
Como se festejava a Liberdade a Cláudia Novais leu um texto da sua autoria no qual falava do resultado que o 25 de Abril teve para ela. Um resultado tão comum a muitos portugueses, nos quais me incluo eu, que foi o ter de abandonar a terra onde tinha nascido e com a família ter que começar de um momento para o outro uma vida nova num país que era e não era o deles. Uma realidade traumática que deixou os espectadores em silêncio absoluto e no fim as palmas demonstraram a solidariedade de todos os que ali estavam.
Li com a Cláudia o “Para Além da Trafaria” do António Gedeão e depois continuei com “Abril de Sim e Abril de Não” do Manuel Alegre e fora do programa, um poema que o Joaquim Castro Caldas tinha escrito naquele dia sobre o 25 de Abril.
A Associação tinha feito no dia 20 de Abril 32 anos de existência e aproveitou-se a ocasião para se cantar o aniversário, soprar as velas e comer o bolo. O bar era pequeno para tanta gente, mas apertadinhos lá se foi dançando ao som das gaitas e dos bombos.
Depois do baile, os Comvinha Tradicional e todos os músicos que actuaram na noite subiram ao palco para a “Comvinha Jam” que viria a terminar a noite por volta das 2h30 da manhã. Creio que até teria terminado mais tarde se a cerveja não tivesse acabado.
Enfim, foi uma noite em pleno, com animação de grande qualidade e por onde terão passado entre 300 a 400 pessoas dos 5 aos 95 anos de idade.

quarta-feira, 23 de abril de 2008

Lembrete 4

1 -Hoje há Escrita Surrealista no Pinguim Café.

2 -Amanhã há jantar e festa portuguesa no Pinguim Café.

3 -Na Sexta-feira comemora-se o 25 de Abril na Associação de Moradores de Massarelos com Joaquim Castro Caldas, Comvinha Tradicional, Cláudia Novais, F.I.M., Virgínia Silva, Tiago Meireles, Pé na Terra, entre outros (eu incluo-me aqui). A entrada é gratuita e começa às 21h30.

4 -Sábado vou a Barcelona levar a minha filha à mãe.

5 -Segunda-feira estou de regresso.

Os dias de ausência

Após uma semana de intensa ocupação, lá consegui arranjar um tempinho para vir aqui dar notícias aos meus amigos.
Na sequência do lembrete anterior fui vêr ao Pinguim os L'Herbe Folle e não resisti a ir no dia seguinte vê-los outra vez ao Contagiarte levando a minha filha que se tornou também fã deste grupo francês. O CD toca lá em casa diáriamente a seu pedido e já sabe muitas letras de cor.
Na sexta-feira foi a vez dos Porto Tango e foi mais um concerto genial.
Sábado fui visitar os meus amigos da Famous Produções e vêr com a minha filha, a Lisa, a Francisca e a Nocas o High School Musical, o grande sucesso da Disney para os adolescentes. O musical está bem montado, com muito ritmo e boas vozes. Claro que não é o meu universo nem sou um fã, mas foi giro e as miudas estavam contentes no fim.
Domingo aproveitei o facto de ter estado a filmar perto de Viana do Castelo e fui vêr o espectáculo do Centro Dramático de Viana - Teatro do Noroeste. "Mas Afinal Quem és tu, ó Dona Maria da Fonte" opereta trágico-cómica escrita e encenada por Fernando Gomes é absolutamente hilariante. Já há muito tempo que não me ria tanto. O espectáculo está muito bem construido com excelentes interpretações e com um domínio da comédia espantoso. Criado e construido em Viana do Castelo a cultura minhota está tão presente que é com toda a naturalidade que as gargalhadas sejam quase constantes e que a sala se encontrasse tão cheia. Para quem quiser uma noite bem divertida, uma ida ao Teatro Sá de Miranda é um excelente programa mas... atenção, está só até ao proximo sábado.
Na segunda-feira acabaram as filmagens de "O Assalto ao Santa Maria" em Viana do Castelo sempre no mesmo bom ambiente que caracterizou todo o trabalho.
Ontem comecei os ensaios de palco de "História do Sábio Fechado na Sua Biblioteca" de Manuel António Pina a estrear em Junho no Teatro da Vilarinha.

terça-feira, 15 de abril de 2008

Lembrete 2

Depois de uma viagem rápida a Barcelona para ir buscar a minha filha, o meu tempo tem sido ocupado com ela e no Pé de Vento onde decorrem os "Encontros de Bastidores". De resto, há que fazer aqui a antevisão da semana.
Amanhã, no Pinguim haverá concerto dos fantásticos L'Herbe Folle e por este motivo ainda não sei se terá lugar a "Escrita Surrealista" dado estes franceses terem já uma grande legião de fãs em Portugal e creio que o Pinguim será pequeno para tanta gente.
Na quinta-feira vou continuar a assaltar o Santa Maria e a Virgínia fará a sessão de poesia dedicada a um dos meus poetas preferidos.
Sexta-feira as propostas são musicais: "Porto Tango" (a não perder!!!) no Teatro da Vilarinha com um concerto que se repete no domingo à tarde e, no Passos Manuel, estarão os Mu e os Pé na Terra em concerto de lançamento dos respectivos cds.
Não me ocorre nada para sábado, a não ser aproveitar o tempo para estar com a minha filha e no domingo tenho as últimas filmagens do "Assalto ao Santa Maria".

segunda-feira, 14 de abril de 2008

Blogs adicionados

Adicionei mais dois blogs na minha lista de links, o coffeepaste que dá um conjunto de informações úteis sobre castings, ofertas de emprego na área do espectáculo, workshops, seminários e estágios. O guia dos teatros que dá uma série de informações sobre espectáculos realizados em Portugal e promove ainda os prémios do teatro.

quinta-feira, 10 de abril de 2008

Poesia para quem quer

Desde Janeiro, com a nova lei do tabaco, as sessões de poesia decorriam de uma forma estranha dado a sala de baixo do Pinguim ser a área de fumadores. Felizmente, o Paulo teve a brilhante ideia de a fechar ao público abrindo excepcionalmente para as sessões de quinta-feira.
Assim, o acesso à sala acontece para os amantes de poesia e não aos paraquedistas que acabavam lá para fumar o seu cigarrinho e conversar perturbando quem ali vai todas as quintas para a partilha poética.
Voltam os bons tempos!

quarta-feira, 9 de abril de 2008

Uma vergonha

Um marmanjo de 36 anos dava ontem pulos de contente porque, depois de tomada a decisão, passou aos actos e foi finalmente inscrever-se numa escola de condução... pela segunda vez.
É possível que em breve sinta que atingiu a maioridade.

Ainda Diana e Pedro - Eixo Norte/Sul

Descobrir o trabalho de Diana e Pedro não é tarefa fácil. Em cada concerto usam um nome diferente e uma pesquisa google dá milhares de resultados ou nenhum. Mas, para quem tiver curiosidade, aqui fica o myspace deles.

terça-feira, 8 de abril de 2008

O Instituto Francês do Porto - Praça da Républica

Na Praça da Républica há um edifício, ou melhor, uma mansão, que sempre me trouxe boas memórias e saudades.
A primeira vez que nele entrei, teria suponho, uns 13 ou 14 anos e foi para frequentar aulas de francês. Mais tarde voltei lá para vêr algumas sessões especiais de cinema e recordo-me particularmente de uma que mudou a minha vida. A exibição de uma curta-metragem e de uma longa "Sempre Xonxa" seguida de conversa com o realizador Xano Piñero, entretanto já falecido. Havia já algum tempo que andava a pensar trocar o meu projecto de seguir Direito, pelo projecto de seguir Cinema e essa sessão serviu para em definitivo optar pela segunda, se bem que tenha acabado a fazer Interpretação e Teatro, profissão que ainda hoje exerço com enorme prazer.
Mais tarde regressei para frequentar a biblioteca do Instituto Francês (instituição que sempre me lembro de ter ocupado aquele casarão), onde requisitava cds, videos (lembro-me de ter visto a filmografia completa do Jacques Tati) e livros, sobretudo de teatro. Mas às vezes também ficava por lá, colocava o video no aparelho e passava a tarde a visionar filmes ou coreografias do Philippe Decouflé.
Em 2000, o Instituto Francês do Porto apoiou-me na minha produção e encenação de "Três Peças de Jean Tardieu" que estreou no dia 8 de Outubro no Pequeno Auditório do Rivoli - Teatro (ainda) Municipal.
A seguir fui trabalhar para Viana do Castelo e quando regressei o Instituto Francês do Porto tinha fechado as portas. Quando fui viver para a Praça da Républica as portas fechadas tornaram-se uma tristeza ainda mais presente e uma angustia submergiu quando colocaram uma placa a dizer "vende-se". Mais tarde retiraram-na e vi gente a entrar e a sair, pensei que tinha sido vendido, mas deduzi que não, pois aquela gente que entrava e saía tratava apenas de esvaziar o seu interior. Mas este pormenores servem apenas para dizer que estive sempre atento às movimentações porque a memória daquele casa nunca morreu em mim e, talvez tenha sempre existido aquela que é "sempre a última a morrer"...
Hoje de manhã a tristeza invadiu-me.
Um incêndio deflagrou esta madrugada e matou a esperança.

Ainda sobre o 4º Circunvalação à Noite

O António Rodrigues tirou fotos dos concertos do último dia e colocou algumas no seu blog.

segunda-feira, 7 de abril de 2008

História do segundo piquenique poético

Pela primeira vez escrever este post com a chuva a bater nas janelas dá-me um certo prazer. Sim, porque ao contrário do previsto, a chuva não veio ontem e pudemos fazer o piquenique poético debaixo de um sol luminoso.
A convocatória foi cedo demais e às 15h30 estavamos só eu, a Lisa e a Virgínia. A partir das 16h o grupo começou a aumentar com a chegada do Pedro e da Deidri, do Élio e da Sílvia, do Eduardo. Já estávamos um grupo razoável e depois de alguns comes e bebes inteligentemente deixados na sombra de uma árvore, estendemos as mantas ao sol e demos início à partilha de textos e poemas. Daniel Pennac, Boris Vian, Jacques Brell, Ruy Belo, Mia Couto, Joaquim Castro Caldas, Rainer Maria Rilke, Shakespeare, poesia de expressão oral da tribo mais antiga da África do Sul (não me lembro do nome da tribo), Jacques Prévert , Luis Machado, entre outros. Apanhava-se sol, conversava-se entre poemas, davam-se algumas explicações sobre autores, liam-se em versão original e respectiva tradução. Foi neste ambiente e já muito para o final da tarde que chegaram o meu irmão, a minha mãe e algum do pessoal dos Pé na Terra - o Ricardo, a Patrícia, a Silvana e o Antony. Mal chegaram, os seis foram sentar-se à volta dos comes e bebes, agarrados aos instrumentos que acabaram por não sair dos sacos (excepção para um instrumento de percussão do Antony e o Ricardo que no fim ainda montou a flauta) a conversarem e a comerem aquilo que suponho ter sido o pequeno-almoço. A festa da véspera no Teatro da Vilarinha tinha sido dura e os que lá estivemos acabámos por fazer do piquenique o “mata-bicho”.
Terminámos a tarde à volta dos comes em amena cavaqueira já a pensar no próximo domingo de sol.
Cheguei a casa às 20h30 e vim a correr ouvir o que restava do programa de rádio do Vieira.

domingo, 6 de abril de 2008

Eixo Norte/Sul+Comvinha Tradicional - Ciclo Nova Música Tradicional

O Ciclo Nova Música Tradicional acabou ontem em grande. Com uma casa práticamente cheia, Diana e Pedro – “Eixo Norte/Sul” – surpreenderam com um espectáculo cheio de critíca social e humor.
Fugindo bastante à temática deste Circunvalação à Noite, brindaram-nos com música de intervenção extremamente acutilante, acompanhadas por momentos de leitura de textos. Creio que no início tenha havido alguma preplexidade, eu também tive a minha dose, mas rápidamente deixámo-nos levar pelos textos, pelo encanto, pelo o humor e pela simplicidade dos temas.
No fim, o público entusiasta batia aquelas palmas especiais que pedem um “encore” que naturalmente aconteceu.

Depois do intervalo os Comvinha Tradicional com toda a sua boa disposição e com uma plateia composta de muitos fãs deram início ao concerto, perdão, à festa. Sim, à festa! É verdade que esta começou de uma forma relativamente calma, com algumas gargalhadas pelo meio, com temas instrumentais a embalar e aos poucos a exaltar. A festa foi crescendo, crescendo até se transformar numa verdadeira ramboia com gente a dançar e a saltar nos corredores da plateia ao mesmo tempo que também os Comvinha iam ficando cada vez mais eufóricos e passando já da 01h e connosco (Pé de Vento) a fazer todos os esforços para que acabassem o concerto, pois conhecendo-os já como conhecemos, ficariam ali a tocar até às 03h no minímo. J
Depois de muita insistência e graças ao facto de lhes estar a faltar umas cervejas, lá pararam o concerto por volta da 01h30 e, claro, depois a festa continuou em ambiente de grande convívio no bar montado pelo Pinguim Café no hall do teatro.
Ás 05h da manhã tivemos que nos esforçar outra vez para conseguir fechar o teatro para dar finalmente fim à tainada.
Foram dois grandes concertos, foi o último dia do Ciclo Nova Música Tradicional onde se juntaram também os músicos dos Pé na Terra e dos Mu, foi a festa do primeiro aniversário do Circunvalação à Noite!

sábado, 5 de abril de 2008

Mu - Ciclo Nova Música Tradicional

É difícil escrever sobre um concerto dos Mu, porque Mu é Mu!
Apesar da ausência de um dos músicos, MU foram iguais a si próprios. Um concerto cheio de ritmo viajando por música étnica de vários pontos do globo com uma conjugação de instrumentos no minímo "sui generis". Ouvir um tema tradicional russo com digiridoo ou então com aquele instrumento bizarro já apelidado de "Osgofone". Isto apenas para dar um pequeno exemplo a quem ainda não conhece este grupo obrigatório.
Mas nem só de música são compostos os seus concertos, a dança e o humor são uma presença constante e no final o público estava mais que satisfeito, apesar de como confessava uma fã dos Mu "É muito estranho vê-los sentada, mas foi uma esperiência muito gira e o concerto foi muito bonito" ao mesmo tempo que a Diana - bailarina, violinista, vocalista dos Mu - dizia "Estava muito nervosa porque não estou habituada a têr o público sentado, mas gostei muito. Adorei as luzes, eram muito teatrais e tem tudo a haver com Mu".
Confesso que este é um dos lados que me agrada nos Circunvalação à Noite, provocar experiências inéditas aos espectadores e aos músicos e creio que o caso mais marcante aconteceu no Ciclo de Electrónica/Alternativa /Ambiental com os Umpletrue, apenas habituados a tocar em raves, discotecas e bares.
Ainda em relação à noite de ontem e, sem querer estar a cair em erro, tivemos direito a um tema inédito intitulado "A Velha" (pelos menos assim foi apresentado, mas tenho medo que tenha sido mais um momento de humor) dedicado à vizinha chata que ameaça chamar a polícia sempre que ensaiam.
Se o soubesse antes, tê-la-ia convidado para vir assistir ao concerto, mesmo se depois o Osga tivesse que apresentar o tema como "A Simpática" dedicada à tão querida vizinha.
Dia 18 de Abril, os Mu vão estar com os Pé na Terra no Passos Manuel para apresentarem o novo CD.
Quem não pôde vir ontem, tem em breve uma nova oportunidade!

sexta-feira, 4 de abril de 2008

Pé na Terra - Ciclo Nova Música Tradicional

O Circunvalação à Noite arrancou ontem com os Pé na Terra e não poderia têr começado de melhor maneira.
Este grupo jovem que está prestes a editar o primeiro CD transmitiu uma energia e um ritmo absolutamente contagiantes tendo conseguido o feito de pôr os espectadores todos de pé a dançar e a bater palmas. Apesar do calor que se fazia sentir na sala com tanta agitação houve ainda coragem para o “só mais uma” e o “só mais duas”. Enfim, os Pé na Terra puseram o público todo num “Pé de Vento”.
Além dos temas originais, os Pé na Terra fizeram ainda uma viagem por alguns temas tradicionais portugueses e pelo incontornável «Zeca », mas sempre com arranjos próprios e totalmente integrados na sonoridade e ritmo que os caracteriza.
Depois do concerto o público deixou-se ficar pelo hall de entrada, onde o Pinguim Café tem o bar montado, num agradável convívio que se prolongou até às 02h30.
Poderia aqui queixar-me mais uma vez da fraca adesão de público, mas foi bom vêr muitas das caras que estiveram há um ano no primeiro Circunvalação de Folk e que voltei a vêr no segundo de Electrónica e no terceiro de Spoken Words. A constatação clara de que começa a criar-se aos poucos uma corrente de público que, independentemente do género, acredita na qualidade da programação. A eles o meu agradecimento e os meus parabéns pela inteligência de arriscarem a vêr o que previamente não conhecem.
O Circunvalação à Noite nasceu para mostrar e divulgar projectos musicais emergentes e estes espectadores dão-nos a coragem de continuar a acreditar.
Quanto aos Pé na Terra conseguiram 15 dias antes de lançarem o primeiro cd, vender já alguns.
Eu vou comprar um!

quinta-feira, 3 de abril de 2008

Piquenique Poético - 06/04/2008

Hoje arranca o Circunvalação à Noite com os Pé na Terra e lancei-lhes o desafio para aparecerem no próximo Piquenique Poético com alguns instrumentos de modo a juntar comida, poesia e música e a ideia mereceu um forte entusiasmo. A mesma proposta será feita aos músicos das outras bandas que por aqui vão passar durante o fim-de-semana.
Como o Circunvalação à Noite acontece no Teatro da Vilarinha e como o jardim mais próximo é o Parque da Cidade, vamos encontrar-nos lá às 15h30 para aproveitarmos estes dias primaveris com que temos sido brindados. Se chover, haverá por lá algum alpendre para nos abrigar.
O ponto de encontro é às 15h30 na esplanada do Núcleo Rural. Quem chegar mais tarde, deverá apanhar o caminho junto à mesma esplanada em direcção ao mar. Estaremos uns 50 metros mais à frente num amplo relvado que se estende do lado esquerdo. Se chover, estaremos num dos espaços abrigados do Núcleo Rural.

quarta-feira, 2 de abril de 2008

Novo Blog

A Virgínia criou o seu blog pessoal e parece-me uma iniciativa excelente pois deduzo que vamos ter acesso de uma forma mais regular à sua poesia e a todas as actividades que ela promove e envolve.
Um blog a visitar e a respirar.

Turismo Infinito

Vale a pena ir ver!

Acrescentando uma nota ao lembrete anterior, hoje vou ver o "Nenhures" pelo Teatro Bruto/TNSJ-TECA

terça-feira, 1 de abril de 2008

Lembrete I

Após 3 dias passados em Viana do Castelo com intensas filmagens para o "Assalto ao Santa Maria", há que relembrar os meus amigos para o que se nos apresenta esta semana.
Hoje vou destinar a noite para vêr "Turismo Infinito" no S. João.
Amanhã há "Escrita Surrealista" no Pinguim.
Na Quinta-feira começa o Circunvalação à Noite com os "Pé na Terra" e por tal motivo não haverá sessão de poesia no Pinguim, mas sugiro, para continuar o ambiente folk do concerto, uma ida ao Contagiarte para se dançar música tradicional.
Na sexta e no sábado prossegue o Circunvalação com os Mu, Eixo Norte/Sul e Comvinha Tradicional.
Como a primavera parece têr finalmente chegado, no Domingo pode ser que haja piquenique poético e à noite irei vêr o "Capuchinho Vermelho" do Teatro Marionetas do Porto.
Estão todos convidados a juntarem-se a esta programação de festas.