Auroras de carmim
Em outras auroras
eu fazia amor
com as palavras
que deixavas no meu corpo
Todo ele escrito
em lápis de saliva
tua doce caligrafia
de carmim
Eram caracteres
de terras magníficas
em busca do desejo único
sem pontuação
Nessas auroras
a tua poesia
era só de amor
Não tinha política
nem classes esquecidas
nem mágoas
ou sorrisos irónicos
Era de carmim-
Começava pelas cinzas
espalhadas no meu mar
e incendiava
a solidão
dos nossos mundos
Virgínia Silva
Hoje à noite no Pinguim Café
quinta-feira, 6 de março de 2008
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3 comentários:
Preciosa, esta poesia...
Lindíssimo!
eis um bom tema para o picnic...
Parece-me uma excelente sugestao. A Virgínia irá preparada concerteza.
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