Depois de 5 dias fantásticos nas terras celtas vizinhas, estou de volta.
Estava um pouco preocupado porque estive 5 dias sem contacto com o mundo, sendo o estado do tempo a única coisa que me ia chegando aos ouvidos. A moda dos alertas laranjas também chegou a Espanha (viva a globalização) e não falavam noutra coisa a não ser dos fortes ventos, da chuva e do frio. É certo que apanhámos vento, frio, chuva e neve. Mas também tivemos direito a muito sol, apesar do vento.
Chegados a Portugal olhei para a primeira página de um jornal e fiquei logo a saber a notícia mais importante das terras lusas. O Sporting perdeu com o Setubal. Interessante!
Hoje abri os emails e fiquei finalmente a saber que houve uns tumultos no Tibete, que a China já expulsou os jornalistas e tem a situação democráticamente controlada, dando aos turistas a tarefa de informarem o mundo do que se lá vai passando. A China é realmente um país de trabalho. Andam lá uns mandriões a não fazer nada e arranjam-lhes logo algo que fazer. Mas tirando a ironia, lá assinei mais uma petição pelo Tibete (mesmo sem ter ainda percebido bem o que aconteceu).
Voltando à Galiza, além das praias, das cidades, das montanhas e dos campos, que provávelmente ainda lá estarão quando decidirem fazer uma viagem idêntica, fomos ao teatro. A um dos mais bonitos de toda a região, o Rosalia de Castro, na Corunha. Fomos vêr um espectáculo infantil chamado Golulá. Ganhou o prémio de melhor espectáculo infantil no festival de teatro de Ciudad Rodrigo. Se bem que ponha algumas reservas em relação ao texto e à encenação, foi uma delícia ver as crianças vibrarem como vibraram com o espectáculo. As figuras (o espectáculo é basicamente de marionetas) são absolutamente fantásticas e a direcção artística de Santiago Alonso é extraordinária, além do seu excelente trabalho de manipulação/interpretação. Aliás o mesmo se pode dizer dos outros intérpretes, embora a interpretação da personagem Lara, feita por Andrea Bayer, siga um caminho que não me agrada muito. Nada tem de errado técnicamente, mas tenho uma certa aversão às personagens infantiloides. O espectáculo é para crianças e temos uma personagem que também o é, e pronto lá temos um criança meio débil mental e de tótós em palco. Mas enfim, é uma aversão pessoal, embora possa ser um caminho para muitos válido. Em todo o caso é um espectáculo que aconselho vivamente. Tem magia, surpresa, humor, côr, boas interpretações e uma grande interacção com o público. Se tiverem oportunidade, não percam e levem os vossos filhos. Além do mais é em galego, o que o torna de muito fácil compreensão.
Por fim, resta-me dizer que é bom estar de volta até à próxima viagem.
Nota : Este texto ainda não respeita o novo acordo ortográfico. Qualquer erro é por incompetência do postador.
terça-feira, 25 de março de 2008
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