Quinta-feira, dia 13 de Março, às 23h, as Segundas-feiras de Poesia descem à cave!
Pois é, há vinte anos, Joaquim Castro Caldas iniciou as famosas segundas-feiras de poesia que enchiam a cave do Pinguim Café.
Na quinta-feira, dia das actuais noites de poesia e, assinalando o primeiro evento das comemorações do vigésimo aniversário, o Pinguim Café presta uma homenagem a Joaquim Castro Caldas e convida muitos dos que participavam activamente ou assistiam a essas míticas noites dos finais dos anos 80.
Joaquim Castro Caldas tem estado nos últimos tempos afastado destes eventos poéticos devido ao seu estado de saúde algo debilitado, mas não abandonou de forma alguma a poesia e a criação literária e lançou recentemente o seu último livro « Mágoa das Pedras » que estará também disponível no próximo dia 13 no Pinguim Café.
Se alguém não tiver disponibilidade para comparecer neste dia e quiser fazer-se representar de alguma forma, sugiro que me enviem um texto para o meu email, que será naturalmente lido.
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10 comentários:
o que dizer? adorei lá estar!
hoje recebi um sms que dizia:"O Joaquim mudou de morada. Já não é possível falar com ele. No entanto podemos vê-lo pela última vez no dia 1 de Set de 2008 a partir das 21h30 na Igreja do Bonfim"
Os poetas não morrem. Apenas deixam de criar.
Querido Joaquim Castro Caldas
Deste-nos ternura, revelação, sonho, exaltação, festa.
Descansa agora em paz meu Poeta.
Nós ficamos com a tua voz, imensa, livre, fraterna.
POETRIA
Dina
Foi-se um dos últimos românticos. Até sempre Joaquim! Adeus...
Morreu o homem.Ficou a memória de um amigo.Ficou o poeta e a palavra.
Sou um homem comum, pequenino de cultura à tua beira, cruzamos as nossas vidas por acaso, no Porto, no Pinguim café, em passeios pelo país... hoje ao olhar para trás vejo-te, sinto-te entre os homens de letras o Homem mais simples do mundo. E simples é sinónimo de conhecimento, abertura de espírito, sensibilidade, pureza, busca da verdade, verdade, respeito, foste grande, És Grande.
Joaquim, Joaquim, Joaquim
Porquê, porquê, porquê
que tem de ser assim, mas visitar-te-ei sempre no Pinguím Café.
Conheci o joaquim nos meus verdes vinte anos. Vivi com ele uma boa parte da minha vida. Um dia disse-me, " o seu pai é muito parecido comigo ", na altura não percebi muito bêm. Hoje que também partiu o meu pai, finalmente percebo... e se os acasos não existêm o pai entrou no hospital no mesmo dia em que o joaquim saiu. Estes dois grandes homens foram os homens mais importantes da minha vida. Até sempre joaquim...
Nao sei se nos conhecemos, mas a sua mensagem tocou-me imenso. As palavras nunca chegam para estas situacoes. Digo-o por já ter passado pelo mesmo. Passaram 3 anos e ainda continuo a aprender com o meu pai e assim será também com o Joaquim.
A partir de 6 Outubro estarei às segundas-feiras no Pinguim a dizer poesia, se quiser aparecer teria muito gosto em lhe poder dar um abraco fraterno.
Joaquim!
Meu fio se adistancia de ti,
queima feito uma vela.
Agora,
das duas uma:
sobe com o sol ou some na bruma
mas ressurge boreal
púrpura ao ocaso
paira em órbita
que eu te espero
em um campo de estrelas
Hoje acordei com saudades de um amigo e reparei que ás vezes me ausento deles como o faço de mim, com a diferença des estar mais ao alcance. Descobri que o nosso reencontro vai depender do mesmo acaso em que nos conhecemos. Resta-me o consolo de lhe recordar todas as palavras. Os momentos que criamos. As experiencias que trocamos. E amanhã vou acordar com saudades do meu amigo.
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